O primeiro transplante cardíaco foi realizado em 1967 pelo médico sul-africano Christian Barnard. Cinco meses depois, em maio de 1968, o cirurgião brasileiro Euryclides de Jesus Zerbini, que estudou com Barnard nos Estados Unidos, fez o primeiro transplante na América Latina e o quinto do mundo.
O transplante cardíaco consiste na substituição do coração doente, que já não consegue realizar suas funções, por um sadio.
A doação do órgão se dá a partir da autorização da família de uma pessoa que sofreu morte cerebral.
O transplante de coração é indicado para pacientes com cardiopatias graves que não podem ser tratadas com medicamentos ou outros procedimentos cirúrgicos.
A restrição na indicação se deve aos riscos que o transplante envolve, como infecções e a chance de rejeição do novo órgão.
Há duas técnicas principais para realização do transplante.
A mais utilizada é a bicaval, na qual é mantido apenas um pouco do átrio esquerdo (uma das quatro câmaras que formam o coração), que é conectado ao novo órgão.
O prazo para retirar o órgão do doador e levá-lo até a pessoa que vai recebê-lo é de apenas quatro horas.
O transplante começa pela abertura do peito do paciente receptor. Com a circulação extracorpórea estabelecida, o coração doente é retirado e o novo órgão é implantado. Em seguida, a circulação sanguínea é restabelecida através do coração implantado.
A cirurgia dura cerca de quatro horas. O período de recuperação no hospital costuma ser de 15 dias.